sábado, 20 de agosto de 2011

Eu faço a diferença e você?

A GRANDE DIFERENÇA

    Conta-se que um famoso escritor vivia recluso numa pequena aldeia de pescadores. A beleza e a tranquilidade do lugar são fontes de inspiração para os belos romances. Certa manhã,  como fazia habitualmente, passeava pela praia quando avistou, ao longe, um menino que recolhia estrelas do mar abandonadas pela  maré alta, uma por uma, e jogava-as de volta ao mar. Curioso, o escritor aproximou-se do garoto e perguntou-lhe:
__por que esta fazendo isso?
__você não esta vendo? A maré está baixa e sol brilha muito forte. Se continuarem na areia as estrelas vão secar ao sol e morrer.
     Meu garoto, tentou explicar o professor, existem milhares e milhares de quilômetros de praias pelo mundo afora e milhões e milhões de estrelas do mar, se a maioria irá morrer de qualquer forma. O menino, em completo silêncio, ainda absorto no que fazia, abaixou-se e pegou mais uma estrela. Antes de devolvê-la ao mar, voltou-se para o escritor e com um olhar de profunda ternura disse-lhe: “para essa eu fiz a diferença!”
     Pensativo, o escritor voltou para sua casa. Durante todo o dia não mais conseguiu escrever, nem dormir à noite. Esperava, ansioso, amanhecer o dia para encontrar-se com aquele garoto e, juntos, devolverem estrelas do mar de volt a ao oceano.
     Amigos, na verdade o mundo enfrenta muitos e graves problemas e, à primeira vista, insolúveis. Assim o são porque acreditamos e concordamos que são insolúveis. E, ao invés de ajudarmos, mesmo com pequenos gestos, apenas silenciamos e nos omitimos. As praias garanto-lhes, estão cheias de estrelas do mar esperando serem devolvidas ao mar e escaparem da condenação de morte ao sol.
     E o mundo ao nosso redor não é diferente: velhos pedindo esmolas, crianças cheirando cola, jovens assaltando e violentando, moças se prostituindo, fruto da exclusão social que nós, você e eu, tanto conhecemos e tão pouco fazemos pra mudar essa realidade triste que nos desafia e desola  e que se alastra por século sem fim, numa prova patente da incapacidade do homem na arte da convivência. Essas pessoas, sabemos, estão à espera de alguém que as ajude a verem a vida com outros olhos, a sentir-se gente, a viverem como pessoas humanas. Quiçá como irmãos.        
 AUTOR DESCONHECIDO

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